A Neurobiologia vem cada vez mais desvendando que, apesar de não existir grandes diferenças anatômicas entre os cérebros femininos e masculinos, percebemos no dia a dia acentuadas nuances comportamentais no agir, pensar e sentir entre mulheres e homens. Será que é um comportamento moldado somente pela cultura e sociedade?
Algumas pesquisas revelam que essas variações de comportamentos estão atreladas ao meio social e ao contexto em que o indivíduo vive e convive. Um exemplo disso é afirmar que mulher é mais emotiva, menos racional, que não são boas nisso ou naquilo. Enfim, meramente mensurado e generalizado por aspectos culturais e sociais.
Mulheres dentro do contexto social fazem a diferença! Não que sejamos mais emoção, mas porque somos mais perceptivas às situações do cotidiano que nos envolve.
O cérebro da mulher é capaz de perceber sentimentos e pensamentos traduzidos em experiências emocionais. Ambos os sexos possuem uma estrutura cerebral responsável pelas emoções, conhecido como Sistema Límbico. No entanto, o que a faz diferente é sua fisiologia em tal sistema, que é diferenciada devido ao contexto vivido e à quantidade de hormônios e neurotransmissores, substâncias produzidas naturalmente pelas glândulas e neurônios. Assim, a progesterona e o estrogênio preparam biologicamente a mulher para desenvolver tais caracteres de feminilidade.
A mulher consegue realizar múltiplas tarefas por conta dos estímulos e motivações histórico-sociais. Esses constantes exercícios promovem em seus cérebros mais flexibilidade para formar novas conexões neurais, cientificamente chamadas de plasticidade neural/cerebral.
Vantagens do cérebro feminino: O volume cerebral das áreas da linguagem, denominadas de Wernicke e Broca, é 20% maior nas mulheres se comparadas com o cérebro masculino, daí a tendência das mulheres sempre quererem discutir a relação, além de ter mais habilidade na leitura e na fala.
O corpo caloso, estrutura que divide os hemisférios cerebrais em direito e esquerdo, é formado por uma grande massa de fibras nervosas conectadas, por isso a maior facilidade delas encontrarem objetos dentro das gavetas e conseguirem fazer várias tarefas ao mesmo tempo.
Dicas às mulheres: potencialize seus neurônios com bons pensamentos! Só se entende os sentimentos quando se educa as emoções.
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Por Marta Relvas
Psicanalista, neurobióloga, psicopedagoga e Membro Efetiva da Sociedade Brasileira de Neurociência e Comportamento. Entre os livros lançados está “Neurociência e educação – a potencialidade dos gêneros humanos na sala de aula” (Wak Editora)
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