A dependência emocional está presente em muitos relacionamentos. No entanto, muitas pessoas tem dúvida acerca do assunto. Com a leitura desse post, eu desejo que você entenda o que é a dependência emocional.
Antes, me sinto estimulada a lembrar que a dependência emocional é um dos fatores que pode configurar, a longo prazo, um relacionamento abusivo.
Além disso, lembro que esse padrão de comportamento não é bom para o dependente e nem para o seu alvo.
Leia também: O que é um relacionamento abusivo
Entendendo a dependência emocional
A dependência emocional é a necessidade afetiva que alguém desenvolve por outra pessoa, ou seja, trata-se de um apego excessivo por outra pessoa.
Esse apego em excesso cria uma dependência, de modo que, o dependente não sabe como agir e não é capaz de se sentir feliz sozinho.
Normalmente a dependência emocional ocorre nos relacionamentos amorosos. No entanto, ela também pode estar presente em outros tipos de relações.
Quando presente nos relacionamentos amorosos essa dependência torna a relação com uma dinâmica doentia, repleta de possessividade e ciúmes. Isto porque o dependente quer ser o centro das atenções do outro.
Esse comportamento sufoca com tantas demandas e necessidades (que na verdade são desnecessárias).
Portanto, a vontade em estar na companhia do dependente, aos poucos vai dando lugar a um sentimento de “obrigação” e não de prazer.
O que causa a dependência emocional?
As causas podem estar relacionadas com diversos fatores. Fatores esses que podem ser difíceis de compreender no primeiro momento, pois estão presentes em situações vivenciadas na infância e que, aparentemente, não afetam a vida adulta.
Desta forma, se você tem comportamento de um dependente emocional ou percebe isso em suas relações, recomendo que busque um tratamento terapêutico adequado.
No entanto, irei citar aquelas causas mais comuns para que tenha uma noção de suas raízes.
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Excesso, falta de afeto ou de valorização na infância
Como dito anteriormente, as causas para isso podem estar relacionadas com a infância.
O excesso de cuidado e afeto quando não equilibrados ao longo do desenvolvimento da criança, pode torná-la um adulto que vai exigir muita “atenção” de suas relações na fase adulta.
Por outro lado, há casos em que a pessoa sofre abandono físico ou emocional por parte de sua família. Nesse caso, a pessoa vai sentir a necessidade de repor toda falta de afeto em suas relações quando se torna adulta, tornando-se um dependente emocional.
Além disso, há situações em que a criança é vista ou percebida como um “peso” no contexto familiar. Nesses casos, ela cresce ouvindo palavras de rejeição e ódio.
Assim sendo, quando adulta, essa pessoa vai ser submissa a alguém para poder ser valorizada.
Em outras palavras, todos esses fatores se tornam um trauma que vai desabrochar na vida adulta da pessoa e muitas vezes de forma inconsciente.
Sendo mais específica, a pessoa vai buscar um parceiro capaz de amá-lo sem “limites” para compensar o excesso ou a ausência de afeto vivenciados na infância, bem como, vai ser capaz de se submeter a muitas coisas para que alguém “enxergue” seu valor.
Esta é uma forma de provar para si mesmo (ou para quem foi o responsável pelos traumas) que ele consegue alguém que o ama e o valoriza incondicionalmente.
Normalmente, essas pessoas possuem autoestima baixa e aceitam o amor de qualquer pessoa que demostre algum sentimento por ela. Consequentemente, se apegam a essa pessoa como única fonte de apoio e afeto.
Insegurança em excesso
Geralmente o dependente emocional carrega consigo uma insegurança em excesso. Portanto, ele não possui confiança em sua capacidade de ser interessante para alguém e nem contempla a sua aparência.
Essa insegurança pode ser percebida por uma dedicação excessiva ao outro.
A sua crença é que ele chegará a fim de sua vida sozinho, se não fizer tudo pela pessoa amada. Assim, ela se anula com o propósito de fazer o outro feliz.
Neste sentido, o dependente emocional acredita que bajulando ou mimando seu parceiro, ele será convencido de que aquele é o melhor relacionamento que pode ter.
Por outro lado, nessa situação de bajular o outro para manter o relacionamento, o parceiro pode identificar que há uma fragilidade nesse comportamento. Sendo assim, pode aproveitar a situação para praticar abusos psicológicos no dependente emocional.
Quais são os sinais de dependência emocional?
A dependência emocional pode não ser um ato consciente, mas por vezes, a pessoa reconhece que é dependente e não se mobiliza para provocar mudanças em seu comportamento.
Por isso, torna-se importante avaliar e refletir sobre os atos que temos para que nossas relações sejam saudáveis. Caso isso seja difícil deve-se buscar uma ajuda especializada.
Por outro lado, eu sei que nem sempre é fácil perceber estes sinais de dependência emocional.
Em trabalhos realizados com mulheres é comum surgir a seguinte dúvida: será que sou uma pessoa dependente emocionalmente?
Bem, como afirmei no início do texto, isso pode ser algo difícil para ser diagnosticado de imediato é necessário conhecer a história da pessoa.
No entanto, pensando em ajudar aqueles que vivem com essa dúvida, listei aqui alguns comportamentos que podem indicar a dependência emocional. Reflita e se questione honestamente quais destes itens fazem parte de sua rotina.
- Medo da solidão
- Ciúmes excessivo
- Vazio emocional
- Autoestima fragilizada
- Atenção excessiva por e para agradar alguém
- Sentimento de que precisa do outro para conseguir viver plenamente
- Submissão excessiva ao outro
- Abstinência na ausência da pessoa amada
- Dificuldade de tomar decisões importantes
- Foco da felicidade concentrada em uma única pessoa
- Cuidado excessivo com alguém
- Colocar seus sonhos e objetivos em segundo plano para favorecer o do outro
- Necessidade constante de aprovação do outro em seus atos e comportamento
- Repreensão das próprias emoções para não magoar ou não perder o parceiro
- Sentimentos de culpa e impotência
Consequência da dependência emocional: o afastamento da família e amigos
Uma das coisas mais sutis que um dependente emocional provoca é o afastamento da família e amigos do seu alvo e alguns casos, em si próprio também.
Isto porque o dependente determina que a outra pessoa dedique todo o seu tempo livre somente para ele. Neste sentido, recorre a manipulações e chantagens emocionais para que o outro desmarque compromissos, evite socializar com seus amigos e passe pouco ou nenhum tempo junto a família.
Assim como, o dependente emocional também pode se afastar de sua família e amigos porque “entende” que o seu alvo é o suficiente para vida dele.
Portanto, o sinal de alerta deve estar ligado entre os envolvidos. Explico!
No caso da vítima, ela inicialmente pode achar em “gesto de amor” por parte do dependente. No entanto, com o passar do tempo, a relação torna-se um “peso”. A vítima se sente sufocada em virtude da falta da companhia dos amigos e familiares.
Já para o dependente, tudo pode ocorrer bem e dar certo no início, mas com o passar do tempo, a relação deixa de ser saudável e pode tornar-se tóxica.
A dependência emocional é confundida como uma forma de amor
Infelizmente, há quem acredite que a dependência emocional é uma forma de demonstrar amor e carinho por alguém.
Mero e verdadeiro engano!!!
Queridas mulheres, entendam uma coisa: cada uma de nós deve ter a responsabilidade individual de cuidar e zelar por si. Além disso, o amor próprio deve vim primeiro que o amor ao outro.
Ser independente emocionalmente nos torna liberta de muitas amarras e nos dá o empoderamento para tomar decisões sozinhas, projetar a nossa vida de acordo com os nossos sonhos e objetivos.
Já dependência emocional carrega consigo o sentimento de controle e de ciúme em demasiado. Normalmente, frases do tipo “é porque ele gosta muito de mim”; “ele tem muito cuidado comigo porque me ama” são comuns e entendidas como verdadeiras, mas de fato, não são.
Esse é um tipo de convenção que, infelizmente, está estabelecida na sociedade, mas que no fundo trata-se de um sério problema.
Veja o que relata Marta Gomes, após procurar ajuda profissional. Ele fez o curso online Criança Interior Ferida
“Todo mundo deveria fazer esse curso porque a maioria das pessoas são dependentes emocionais. Algumas pessoas vivem sem saber, outras sabem, mas acham que é assim mesmo. Tem aquelas pessoas que acham que é coisa espiritual. Dependência emocional existe e não é uma coisa de outro mundo. Tem explicação sim, tem um mecanismo de atuação e tem sim tratamento. Agora tudo se encaixa! Mais uma vez obrigada e não canso de dizer que eu nasci de novo”
Veja esse e outros depoimentos aqui.
Conclusão
Eu sei que não é fácil conviver com alguém dependente emocionalmente. Bem como, não é fácil assumir ser o dependente emocional da relação.
As duas situações possuem perdas, desgastes e torna as relações fragilizadas e, até mesmo tóxica.
Novamente eu alerto: nem sempre a dependência emocional é um ato consciente. É preciso investigação.
Portanto, buscar apoio terapêutico é essencial para se curar.
Lembro que mesmo sendo você a vítima (e não o dependente), o processo terapêutico também é indicado porque esse tipo de relação causa disfunções psicológicas para ambos.
Se você tem algo particular a comentar por favor me escreva: vivianalves@oportaldamulher.com, será um prazer te ouvir!
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